quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Indicadores de saúde da população nacional e da União Europeia, com base na Lista de Indicadores de Saúde da Comunidade Europeia

Os Indicadores de Saúde (IdS) são instrumentos de medida sumária que refletem, direta ou indiretamente, informações relevantes sobre diferentes atributos e dimensões da saúde bem como os fatores que a determinam (Dias C. et al, cit., 2007) (Nutbeam D, 1998).

Genericamente, podem ser considerados quatro grandes grupos de Indicadores de Saúde, subdivididos em várias áreas, assegurando que as várias dimensões de informação sobre a Saúde se encontram devidamente consideradas (Tabela 6.1).

Os Indicadores de saúde da população portuguesa podem ser consultados em:

 In: http://pns.dgs.pt
Plano Nacional de Saúde 2012–2016: Indicadores e Metas em Saúde

ou





Podemos comparar os indicadores de saúde da população nacional com os da União Europeia, com base na lista de Indicadores de Saúde da Comunidade Europeia disponível em:


Portugal ocupa uma posição próxima da média europeia em alguns indicadores como a taxa de gravidez na adolescência e ocupa uma excelente posição no caso da taxa de mortalidade infantil.

Determinantes do nível de saúde individual e de saúde comunitária

Os fatores que determinam o nível de saúde individual e de saúde comunitária podem ser agrupados em 4 áreas distintas:
  • Fatores relacionados com cuidados de saúde e prevenção que promovem comportamentos preventivos e curativos; 



  • Fatores relacionados com estilos de vida saudável que promovem hábitos que podem constituir elementos preventivos da doença; 



  • Qualidade de vida;


Têm maior percepção de qualidade de vida:
• As crianças que não fumam, que nunca foram provocadas e que nunca se embriagaram;
• As crianças que praticam atividade física todos os dias;
• As crianças que têm facilidade em comunicar com os pais e com o melhor amigo;
• As crianças com maior satisfação com o suporte social.
• Globalmente os resultados sugerem que a família é percebida como a maior fonte de perceção de qualidade de vida e o ambiente escolar como a menor fonte de perceção de qualidade de vida.


  • Ambiente.

Combate à poluição
•Tratamento de águas residuais
•Tratamento de resíduos sólidos
•Saneamento básicož

Ordenamento do território
•Rede de distribuição de água, luz e gás
•Existência de zonas verdes
•Bibliotecas, auditórios, piscinas

Rede de transportes



Dia Mundial do Coração

Celebrar o dia mundial do coração a 29 de Setembro de 2014 é chamar a atenção para as suas escolhas saudáveis para o coração.






sábado, 20 de setembro de 2014

As principais doenças não transmissíveis e a indicação da prevalência dos fatores de risco associados.

As cinco primeiras causas de morte dos cidadãos portugueses são doenças não transmissíveis.

Óbitos por Sexo e principais causas de morte (desde 1970)


As doenças não transmissíveis que mais afetam a população portuguesa são:


Doenças do Aparelho Circulatório ou doenças cardiovasculares

Os principais factores de risco cardiovascular, sobre os quais pode agir a prevenção, são os seguintes:
  • Sedentarismo
  • Hipertensão
  • Tabagismo
  • Stress
  • Obesidade
  • Diabetes
  • Dislipidemia


Tumores malignos ou cancro


Prevenir o Cancro

Globalmente, os factores de risco mais comuns, para o cancro, são apresentados em seguida:
  • Envelhecimento.
  • Tabaco.
  • Luz solar.
  • Radiação ionizante.
  • Determinados químicos e outras substâncias.
  • Alguns vírus e bactérias.
  • Determinadas hormonas.
  • Álcool.
  • Dieta pobre, falta de actividade física ou excesso de peso.


Doenças do aparelho respiratório
  • Bronquite crónica, enfisema e asma;
  • Pneumonias;
  • Neoplasias respiratórias;
  • DPOC - Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica;
  • Fibrose Pulmonar;
  • Hipertensão Pulmonar;
  • Fibrose Quística;
  • Síndrome de Apneia do Sono;
  • Tuberculose.

Em 2013, da globalidade dos internamentos de causa respiratória (com exclusão das neoplasias respiratórias e dos internamentos por síndrome de apneia do sono), 65,3% corresponderam a internamentos por pneumonias (bacterianas ou virais), 13,5% por Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica, 5,7% por fibrose pulmonar e 4,3% por asma brônquica, sendo os restantes distribuídos por outras patologias respiratórias.




Os principais fatores de risco são:
  • tabaco, 
  • sedentarismo,
  • agentes patogénicos físicos (variações de temperatura) e químicos (partículas finas),
  • má alimentação.


Diabetes e doenças do aparelho digestivo

 In: http://www.apdp.pt

Os principais fatores de risco são:
  • suscetibilidade genética,
  • erros alimentares,
  • sedentarismo,
  • obesidade.


Doenças mentais

As doenças mentais são a primeira causa de morbilidade em Portugal, quantificada através dos anos vividos com incapacidade (YLD), as perturbações mentais e do comportamento destacaram-se de modo proeminente (20,55%), face ao valor encontrado para as nosologias que se lhe seguem: respiratórias (5,06%) e diabetes (4,07%).






Para manter uma boa saúde mental:
  • Não se isole
  • Reforce os laços familiares e de amizade
  • Diversifique os seus interesses
  • Mantenha-se intelectual e fisicamente activo
  • Consulte o seu médico, perante sinais ou sintomas de perturbação emocional.


Doenças degenerativas do sistema nervoso - http://saude-socorrismo.blogspot.pt

Doenças psicossomáticas - http://saude-socorrismo.blogspot.pt

Uso indevido de antibióticos e aumento da resistência bacteriana.

Os medicamentos são o principal tratamento nos desequilíbrios de saúde.



Grande reportagem/Antibióticos-Alerta vermelho
De usar antibióticos passamos a abusar dos antibióticos e assim os antibióticos poderão não fazer qualquer efeito. Se deixarem de ser eficazes, voltaremos a morrer de doenças que hoje já se tratam com facilidade e não é um cenário muito longe.



O que é a resistência aos antibióticos?




Resistência microbiana a antibióticos e a Agricultura



OMS quer luta firme contra uso indevido de antibióticos
As infeções que durante décadas foram tratadas e curadas com antibióticos podem novamente matar.


ETAR’s, solução ou problema?

As ETAR’s atuais:

  • Podem apresentar baixo nível de eficiência de remoção (→ são fonte importante de micropoluentes no meio hídrico)
  • Podem aumentar a concentração de poluentes na água residual tratada
  • Podem originar produtos mais poluentes do que os compostos inicialmente presentes na água residual Podem fomentar a criação e transmissão de resistência a antibióticos

In: https://www.ua.pt

Interação dinâmica entre parasita e hospedeiro e fenómenos de coevolução.

Evolução dos agentes patogénicos biológicos

Todos os seres vivos evoluem. Em cada geração de uma espécie, apenas os indivíduos mais aptos (os que estão mais bem adaptados ao meio em que se encontram) sobrevivem. Estes seres vão transmitir as suas caraterísticas à descendência.

Um fenómeno particular de evolução é o que ocorre entre um parasita e um hospedeiro.

Os parasitas são seres vivos que retiram de outros organismos os recursos necessários para a sua sobrevivência. Eles são considerados agressores, pois prejudicam o organismo hospedeiro através do parasitismo. O parasita pode viver muitos anos no seu hospedeiro sem lhe causar grandes malefícios, ou seja, sem prejudicar as suas funções vitais. Entretanto, alguns deles podem até levar o organismo à morte, neste caso, porém, o parasita irá morrer juntamente com o seu hospedeiro. 


Coevolução parasita-hospedeiro

A coevolução é a evolução simultânea de duas ou mais espécies que têm um relacionamento entre si. Mudanças evolutivas de uma espécie influenciam as mudanças evolutivas na outra espécie.

No caso da relação parasita-hospedeiro, geralmente a seleção natural favorece a diminuição da virulência do parasita, uma vez que o parasita precisa do hospedeiro vivo para sobreviver.



Cientistas identificaram um novo tipo de parasita causador da malária resistente a drogas que visam conter a doença. O parasita, encontrado na região oeste do Cambodja, é geneticamente distinto de outros tipos encontrados no mundo. Estes organismos são imunes ao tratamento por artemisinina - uma das principais drogas na luta contra a malária.

Ocorrência de doenças e a ação de agentes patogénicos ambientais, biológicos, físicos e químicos.

Os desequilíbrios de saúde podem ter origem em agentes patogénicos causadores de doenças infeciosas ou agentes mutagénicos que causam alterações nas células.

Agentes patogénicos causadores de doenças infeciosas/ contagiosas

As doenças infecciosas são doenças provocadas por organismos, como bactérias, vírus, fungos ou parasitas. Existem diversos organismos a viver no nosso corpo. São normalmente inofensivos ou mesmo úteis, mas alguns organismos em determinadas condições podem provocar doenças.

Algumas doenças infecciosas podem ser transmitidas de pessoa para pessoa. Contudo, algumas são transmitidas através de picadas de insetos ou mordidas de animais. Outras são adquiridas por ingestão de água ou alimentos contaminados ou outras exposições no ambiente.

 


Os agentes biológicos causadores de doenças infecciosas/ contagiosas podem ser:
  • Bactérias. Estes organismos unicelulares são responsáveis por doenças, como faringite estreptocócica, infecções do trato urinário e tuberculose.
  • Vírus. Mesmo sendo mais pequenos do que as bactérias, os vírus provocam diversas doenças, desde à típica constipação a SIDA.
  • Fungos. Várias doenças dermatológicas, como micoses e pé de atleta, são provocadas por fungos. Outros tipos de fungos infectam os pulmões ou o sistema nervoso.
  • Protozoários. A malária é provocada por um protozoário minúsculo que é transmitido por uma picada de mosquito. Podem ser transmitidos outros protozoários aos humanos através de fezes de animais.
In http://www.sanfil.pt

Os agentes biológicos podem causar Infeções, Infestações (parasitoses), Alergias ou Intoxicações.

Agentes mutagénicos como fatores de desequilíbrio de saúde

Considera-se agente mutagénico qualquer fator físico, químico ou biológico que pode alterar o código genético das células um indivíduo. Em outras palavras, que apresenta capacidade de gerar mutação (um dano no material genético (DNA) que não sofre reparação no processo de replicação celular, sendo passado para os descendentes).

Os agentes mutagénicos podem ser de três tipos:


Agentes químicos: diversas substâncias consideradas cancerígenas, que desempenham seu papel alterando as ligações químicas, ou até mesmo substituindo nucleotídeos normais por moléculas similares. Radicais livres também catalisam reações químicas prejudiciais ao DNA.
Exemplos: agroquímicos, aditivos alimentares, poluentes atmosféricos, químicos industriais, fumo de cigarros, pó de amianto e pó de sílica, etc.

Agentes físicos: dentro desse grupo encontram-se a radiação ionizante e o raio UVC capazes de danificar as ligações químicas entre os nucleotídeos (neste caso, as mutações ocorrem raramente, pois a destruição da cadeia de DNA normalmente resulta na morte celular) e UVB (espectro absorvido pelo DNA).
Exemplos: radiações, ruído, vibrações, variações térmicas, etc.




Agentes biológicos: neste caso é a ação de vírus e bactérias, responsáveis por inocular parte de seu DNA na célula do hospedeiro, integrando-a na cadeia de DNA do hospedeiro. Também podem ocorrer mutações devido a falhas genéticas.

Para saber mais: 

Conceitos de esperança de saúde, de esperanças de vida e de anos potenciais de vida perdidos

Plano Nacional de Saúde 2012–2016: Indicadores e Metas em Saúde






Esperança de Saúde
Os indicadores de esperança de saúde podem ser definidos pela ausência de limitações nas atividades do quotidiano e pela ausência de incapacidades e, geralmente, combinam as informações sobre mortalidade e morbilidade. Existem vários indicadores de esperança de saúde que podem ser consultados em...



Esperanças de Vida

  • Esperança de Vida à Nascença: Número médio de anos que uma pessoa à nascença pode esperar viver, mantendo-se as taxas de mortalidade por idades observadas no momento.
  • In: http://www.ine.pt

  • Esperança de Vida numa Determinada Idade: Número médio de anos que uma pessoa que atinja a idade exacta x pode esperar ainda viver, mantendo-se as taxas de mortalidade por idades observadas no momento.
  • In: http://www.ine.pt


Anos Potenciais de Vida Perdidos: Número de anos que teoricamente uma determinada população deixa de viver se morrer prematuramente (antes dos 70 anos).

Domínios e facetas considerados no conceito de qualidade de vida da OMS.

O conceito de qualidade de vida da OMS resulta de um consenso internacional e representa uma perspectiva transcultural, bem como multidimensional, que contempla a complexa influência da saúde física e psicológica, nível de independência, relações sociais, crenças pessoais e das suas relações com as características do meio ambiente (WHOQOL Group, 1993, 1994, 1995, 1998)

The World Health Organization Quality of Life (WHOQOL)




Versão em português dos instrumentos de avaliação da qualidade de vida (WHOQOL) 1998

Conceito de saúde e conceito de qualidade de vida, segundo a OMS.

O conceito de saúde preconizado na carta de princípios de 7 de abril de 1948 (desde então o Dia Mundial da Saúde), implicando o reconhecimento do direito à saúde e da obrigação do Estado na promoção e proteção da saúde, diz que

"Saúde é o estado do mais completo bem–estar físico, mental e social e não apenas a ausência de enfermidade" (OMS).



História do conceito de saúde. In: http://www.scielo.br


O conceito de saúde da OMS é abstracto e parece inatingível. No entanto, podemos referir que atualmente o conceito de saúde está directamente relacionado com o conceito de Qualidade de Vida, Felicidade...

Segundo a OMS qualidade de vida é a percepção do indivíduo sobre a sua posição na vida, dentro do contexto dos sistemas de cultura e valores nos quais está inserido e em relação aos seus objectivos, expectativas, padrões e preocupações (WHOQOL Group, 1994).

História e Evolução do Conceito de Bem-Estar Subjectivo. In: http://www.scielo.oces.mctes.pt

Saúde individual e comunitária

Assinala-se no dia 7 de abril a aprovação da Constituição da Organização Mundial da Saúde (OMS) em 1948.



O conceito de saúde preconizado na carta de princípios de 7 de abril de 1948 (desde então o Dia Mundial da Saúde), implicando o reconhecimento do direito à saúde e da obrigação do Estado na promoção e proteção da saúde, diz que "Saúde é o estado do mais completo bem–estar físico, mental e social e não apenas a ausência de enfermidade".
Ver a História do conceito de Saúde em: http://www.scielo.br


Não se trata de mera rotina celebrar o dia 7 de abril, uma vez que é sempre oportuno. Há sempre que refletir sobre os objetivos atingidos e aqueles em que ficámos além da nossa ambição. Há que refletir sobre novas realidades e sobre novos desafios. Mas importa que se diga claramente que a força dos projetos depende da força das ideias que as sustentam e das pessoas que os protagonizam e desenvolvem.



O tema proposto para a nossa reflexão em 2014 prende-se com as doenças transmitidas por vetores, chamando a atenção para a esclarecedora divisa: “PEQUENA PICADA,GRANDE AMEAÇA”.

terça-feira, 16 de setembro de 2014

Semana Europeia da Mobilidade e Dia Europeu sem Carros

De 16 a 22 de setembro, decorre a Semana Europeia da Mobilidade, sobre o tema: “As nossas ruas, a nossa escolha”. No dia 22 comemora-se o Dia Europeu sem Carros.

O objetivo da 13.ª edição é que os cidadãos e as autoridades locais reflitam sobre como pode ser melhorada a qualidade de vida nas cidades através da requalificação do espaço público, condicionando o trânsito em ruas, privilegiando e favorecendo os modos suaves de transporte e o transporte coletivo em detrimento do uso individual do carro.
Para mais informações: http://www.mobilityweek.eu

Website Português - http://www.apambiente.pt/

 







4 requisitos para uma cidade ciclável


domingo, 14 de setembro de 2014

Bom Ano Letivo 2014/2015

Depois das tão merecidas férias começa agora um novo ano letivo.

Espero que as brincadeiras e o descanso tenham fortalecido a persistência para esta nova jornada.



Um bom ano letivo 2014/2015 para todos.